quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
Carlos Pinto Coelho, o bibliotecário honorário
Decididamente esta ano de 2010 é um ano malvado, e já perto do fim, traiçoeiramente, lá me levou mais um amigo.
Carlos Pinto Coelho tinha a bondade dos corações grandes,e talvez por isso ele lhe falhou. Era generoso, entusiasta, idealista até perto da ingenuidade, sempre com a cabeça a fervilhar de ideias e de projectos novos. Era um esteio e uma fonte de inspiração.
O Carlos era um dos (não muito numerosos) verdadeiros amigos das bibliotecas, em especial das bibliotecas públicas. Ponho de parte de propósito todo o muito que ele foi na sua área profissional e nos seus interesses pessoais, como a fotografia, pois o que me fica na memória e nos afectos é o seu permanente interesse e apoio militante à causa das bibliotecas.
Ele era da maior importância e muito hábil naquilo a que em inglês se chama "advocacy". Interessava-se, procurava saber pormenores, ouvia atentamente e valorizava, encorajava o nosso trabalho. Sabia que tinha uma imagem pública influente e sempre esteve disponível para a pôr ao serviço das bibliotecas, e em apoio do trabalho dos bibliotecários, que sei que admirava e respeitava. "Já sabe, quando precisar de alguma coisa..." era a frase a princípio surpreendente com que muitas vezes se despedia.
Sendo um comunicador dos maiores, a sua participação em qualquer sessão era garantia de um brilho, de um ambiente caloroso, de relações fortes que se estabelecem. Ele era alguém que sentíamos estar sempre "do nosso lado", mesmo quando tinha críticas a fazer, e fazia-as docemente e com respeito pelo interlocutor. De algum modo (e com toda a razão), sendo um homem da comunicação, fazia-nos seus colegas, sendo o inverso igualmente verdadeiro. Por isso não hesito em propor que ele seja proclamado bibliotecário honorário, o que sempre será nas nossas memórias e nos nosso afectos.
Quando cheguei a Évora, o Carlos foi uma das pessoas que mais abertamente e de uma forma permanente se mostrou disponível para ajudar a Biblioteca Pública. De vez em quando almoçávamos e trocávamos ideias sobre o que estávamos a fazer. Infelizmente, a partir de agora isso não vai ser mais possível. Malvado ano de 2010!
Carlos Pinto Coelho tinha a bondade dos corações grandes,e talvez por isso ele lhe falhou. Era generoso, entusiasta, idealista até perto da ingenuidade, sempre com a cabeça a fervilhar de ideias e de projectos novos. Era um esteio e uma fonte de inspiração.
O Carlos era um dos (não muito numerosos) verdadeiros amigos das bibliotecas, em especial das bibliotecas públicas. Ponho de parte de propósito todo o muito que ele foi na sua área profissional e nos seus interesses pessoais, como a fotografia, pois o que me fica na memória e nos afectos é o seu permanente interesse e apoio militante à causa das bibliotecas.
Ele era da maior importância e muito hábil naquilo a que em inglês se chama "advocacy". Interessava-se, procurava saber pormenores, ouvia atentamente e valorizava, encorajava o nosso trabalho. Sabia que tinha uma imagem pública influente e sempre esteve disponível para a pôr ao serviço das bibliotecas, e em apoio do trabalho dos bibliotecários, que sei que admirava e respeitava. "Já sabe, quando precisar de alguma coisa..." era a frase a princípio surpreendente com que muitas vezes se despedia.
Sendo um comunicador dos maiores, a sua participação em qualquer sessão era garantia de um brilho, de um ambiente caloroso, de relações fortes que se estabelecem. Ele era alguém que sentíamos estar sempre "do nosso lado", mesmo quando tinha críticas a fazer, e fazia-as docemente e com respeito pelo interlocutor. De algum modo (e com toda a razão), sendo um homem da comunicação, fazia-nos seus colegas, sendo o inverso igualmente verdadeiro. Por isso não hesito em propor que ele seja proclamado bibliotecário honorário, o que sempre será nas nossas memórias e nos nosso afectos.
Quando cheguei a Évora, o Carlos foi uma das pessoas que mais abertamente e de uma forma permanente se mostrou disponível para ajudar a Biblioteca Pública. De vez em quando almoçávamos e trocávamos ideias sobre o que estávamos a fazer. Infelizmente, a partir de agora isso não vai ser mais possível. Malvado ano de 2010!
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