segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

A Festa do ChiboA Festa do Chibo by Mario Vargas Llosa
My rating: 5 of 5 stars

"A festa do chibo" é a todos os títulos uma obra admirável, com um fôlego incomum, mesmo para um autor como Llosa. É também um exemplo de uma escrita política sobre um tirano do século XX que chefia outros tiranos, que em conjunto aterrorizam, torturam e matam impunemente um povo e um país, a República Dominicana, a dois passos de Cuba e dos Estados Unidos.
É um retrato pungente de um povo dominado por uma cleptocracia (sim, não é só o ditador - o chibo - que vive à custa de um povo simultaneamente dominado e seduzido, é espantosa a capacidade de sedução de Trujillo) de familiares, amigos e militares, entre outros, incluindo também países como os Estados Unidos, uma sombra sempre mais ou menos presente, umas vezes com uma aparência benfazeja, outras claramente colaborando com os opressores.
É também uma história comovente de uma relação entre pai e filha cujo amor enfrenta enormes dificuldades e é sujeito a um desafio terrível, desafio esse que nos mantém em suspenso da primeira à última página do livro.
"A festa do chibo" encerra ainda uma dolorosa lição para os revolucionários que se deixam entusiasmar e se esquecem do povo, partindo para uma guerra de vida e de morte, cegos pelo seu fervor, pelos seus ideais, pela sua sede de vingança, por muitas outras razões, e esquecendo-se de olhar para trás e verificar quem são os que os seguem. Muitos? Poucos? Alguns?
Concluindo, a escrita de Vargas Llosa é mesmo só aquela que ele pode e sabe fazer. A narrativa pode ser complexa e confusa e embora seja cativante e agarre o leitor compulsivamente em busca da página seguinte, a leitura pode ser muito exigente, cansativa mesmo, contudo extraordinariamente compensadora.


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quinta-feira, 13 de junho de 2013

“Foi a corrupção que nos trouxe a crise”

Conferência esta noite na Biblioteca Pública Évora sobre o peso da corrupção na crise.
“Foi a corrupção que nos trouxe até aqui e daqui não sairemos enquanto continuarmos a fechar os olhos à corrupção”. João Paulo Batalha, da direção da Transparência e Integridade – Associação Cívica (TIAC), não tem dúvidas ao apontar a corrupção e o mau governo como as “causas fundamentais” para a crise que o país atravessa: “São duas causas irmãs – e em muitos casos, irmãs gémeas – porque a corrupção fomenta o mau governo e o mau governo é aliado da corrupção”.
Numa entrevista ao AEL, a propósito de uma conferência sobre as prioridades no combate à corrupção em Portugal, agendada para 13 de junho na Biblioteca Pública de Évora (21h30), este responsável assinala que o país vive hoje “sufocado por uma dívida pública causada por investimentos públicos desastrosos feitos ao longo de décadas, que não acrescentaram nada à capacidade produtiva da economia e ao bem-estar dos cidadãos”.
Leia o resto da entrevista no  Alentejo Em Linha

quinta-feira, 14 de junho de 2012

José Manuel Cortês designado diretor-geral da DGLAB

Notas soltas de Pedro Penteado: "José Manuel Cortês designado diretor-geral da DGLAB
De acordo com o Despacho n.º 8095/2012, publicado no D.R. n.º 114, Série II de 2012-06-14, foi designado hoje, em regime de substituição, o licenciado José Manuel Azevedo Cortês, para exercer o cargo de diretor-geral da DGLAB e a licenciada Maria Margarida Ortigão de Almeida Sampaio Ramos, para exercer o cargo de subdiretora-geral da DGLAB. Os nomeados exercem, até ao termo do processo de fusão, respetivamente, os cargos de diretor-geral e subdiretora-geral da ex-DGLB."

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quarta-feira, 23 de maio de 2012

Livros electrónicos e bibliotecas


Em Portugal ainda mal estamos a começar mas o entusiasmo pelos ebooks é grande. E se os tempos não estivessem tão difíceis certamente o seu uso nas bibliotecas estaria bem mais desenvolvido entre nós.
É indiscutível que os ebooks vieram para ficar, levantando uma série de problemas ao seu uso em bibliotecas. Precisamos de aprender sobre isso e conhecer as experiências de outros parece ser um caminho sensato.  
Um contributo neste sentido foi dado por James LaRue, um bibliotecário do Colorado (Douglas County), que escreveu um informado e muito interessante texto no "American Libraries", o jornal em linha da American Library Association.
O artigo, que dá uma leitura agradável  e estimulante, parte de entrevistas feitas a um leitor, uma escritora, um livreiro e um editor, concluindo depois com a perspectiva do bibliotecário e dos desafios e problemas colocados às bibliotecas pela "Revolução dos ebooks". Nem uns nem outros podem ser ignorados.
Vale bem a pena ler o texto completo aqui.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

IFLA Releases Background Paper on e-Lending


As part of its work on the 2011-2012 Key Initiatives, the IFLA Governing Board appointed a working group to draft a background paper on digital lending. At its April meeting the IFLA Governing Board endorsed this paper, and we are now pleased to present a version for download.

The paper attempts to:
Provide an overview of the issues relating to eBooks in libraries;
Summarise the current positions of publishers in both the scholarly publishing and trade publishing sectors;
Summarise the differences in the way that academic/research libraries and public libraries address the issue of digital collections;
Address the legal context for eLending and library principles that must be upheld in any suitable models;
Provide a detailed legal analysis of e-Lending"

Veja mais em:

IFLA Releases Background Paper on e-Lending | IFLA: "IFLA Releases Background Paper on e-Lending


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quinta-feira, 17 de maio de 2012

Porque Frank Webster acha que devíamos abandonar a noção de "sociedade da informação"

I find the concept of information society unsatisfactory because of:
  • inconsistencies and lack of clarity as regards criteria used to distinguish an information society; 
  • imprecise use of the term ‘information’; 
  • the unsupportable supposition of information society theorists that quantitative increases in information lead to qualitative social changes. 


Vale a pena ler: www.uk.sagepub.com/mcquail6/PDF/022_ch01.pdf