quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

:: rato de biblioteca ::: “A utilização dos recursos da biblioteca também se tornou uma constante…”

:: rato de biblioteca ::: “A utilização dos recursos da biblioteca também se tornou uma constante…”

Carlos Pinto Coelho, o bibliotecário honorário

Decididamente esta ano de 2010 é um ano malvado, e já perto do fim, traiçoeiramente, lá me levou mais um amigo.
Carlos Pinto Coelho tinha a bondade dos corações grandes,e talvez por isso ele lhe falhou. Era generoso, entusiasta, idealista até perto da ingenuidade, sempre com a cabeça a fervilhar de ideias e de projectos novos. Era um esteio e uma fonte de inspiração.
O Carlos era um dos (não muito numerosos) verdadeiros amigos das bibliotecas, em especial das bibliotecas públicas. Ponho de parte de propósito todo o muito que ele foi na sua área profissional e nos seus interesses pessoais, como a fotografia, pois o que  me fica na memória e nos afectos é o seu permanente interesse e apoio militante à causa das bibliotecas.
Ele era da maior importância e muito hábil naquilo a que em inglês se chama "advocacy". Interessava-se, procurava saber pormenores, ouvia atentamente e valorizava, encorajava o nosso trabalho. Sabia que tinha uma imagem pública influente e sempre esteve disponível para a pôr ao serviço das bibliotecas, e em apoio do trabalho dos bibliotecários, que sei que admirava e respeitava. "Já sabe, quando precisar de alguma coisa..." era a frase a princípio surpreendente com que muitas vezes se despedia.
Sendo um comunicador dos maiores, a sua participação em qualquer sessão era garantia de um brilho, de um ambiente caloroso, de relações fortes que se estabelecem. Ele era alguém que sentíamos estar sempre "do nosso lado", mesmo quando tinha críticas a fazer, e fazia-as docemente e com respeito pelo interlocutor. De algum modo (e com toda a razão), sendo um homem da comunicação, fazia-nos seus colegas, sendo o inverso igualmente verdadeiro. Por isso não hesito em propor que ele seja proclamado bibliotecário honorário, o que sempre será nas nossas memórias e nos nosso afectos.
Quando cheguei a Évora, o Carlos foi uma das pessoas que mais abertamente e de uma forma permanente se mostrou disponível para ajudar a Biblioteca Pública. De vez em quando almoçávamos e trocávamos ideias sobre o que estávamos a fazer. Infelizmente, a partir de agora isso não vai ser mais possível. Malvado ano de 2010!

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Uma revista inspiradora

Numa fase em que muitas pessoas procuram temas para investigação com fins académicos ou outros, parece útil chamar a atenção para publicações na área de CID que podem ser fonte de inspiração para trabalhos a realizar entre nós.

Uma dessas publicações é "Ariadne", que se define a si mesma como um magazine publicado na web destinado aos profissionais de arquivo, bibliotecas e museus.
Fundada em 1996, o que lhe confere já uma notável longevidade, com uma periodicidade trimestral, esta revista tem um enfoque principal na área das tecnologias de informação, bibliotecas digitais e trabalho em rede um pouco por todo o mundo.

Destacam-se aqui alguns textos do último número (65, de Outubro 2010):
From Passive to Active Preservation of Electronic Records
Heather Briston and Karen Estlund provide a narrative of the process adopted by the University of Oregon in order to integrate electronic records management into its staff's workflow.
Locating Image Presentation Technology within Pedagogic Practice
Marie-Therese Gramstadt contextualises image presentation technology and methods within a pedagogic framework for the visual arts.
Trust Me, I'm an Archivist
Christopher HiltonDave Thompson and Natalie Walters describe some of the issues of engaging with donors when it comes to transferring born-digital material to the Library.
Why UK Further and Higher Education Needs Local Software Developers
Mahendra Mahey and Paul Walk discuss the work of the Developer Community Supporting Innovation (DevCSI) Project which focuses on building capacity for software developers in UK Further and Higher Education to support innovation in the sector.
Academic Liaison Librarianship: Curatorial Pedagogy or Pedagogical Curation?
Allan Parsons presents a strategic view of the need to develop the academic liaison librarianship role.
What Is a URI and Why Does It Matter?
Henry S. Thompson describes how recent developments in Web technology have affected the relationship between URI and resource representation and the related consequences.
Developing Infrastructure for Research Data Management at the University of Oxford
James A. J. WilsonMichael A. FraserLuis Martinez-UribePaul JeffreysMeriel Patrick, Asif Akram and Tahir Mansoori describe the approaches taken, findings, and issues encountered while developing research data management services and infrastructure at the University of Oxford.
Moving Researchers across the eResearch Chasm
Malcolm Wolski and Joanna Richardson outline an Australian initiative to address technology challenges within current research paradigms
Leia mais no sítio na Internet de Ariadne.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Muito preocupante


Massive cutbacks to library services begin

Librarians have said they are “angry and depressed" at the wave of library cutbacks announced since the comprehensive spending review in October but feel “powerless" because they cannot speak openly about them. The Reading Agency director Miranda McKearney has called the scale of library job losses involved “scary".
At least 25 local authorities have announced new proposals for cost-cutting to their library services since the October review, with fresh details emerging almost every day. Because many of the proposals are provisional and involve different options, it is unclear what the exact number of individual libraries and librarian posts already at risk.
Last year the statistical body CIPFA, which measures library book lending, found that almost 1,000 librarians lost their jobs, with 24,765 left in their posts at the end of March 2010. But this year the downsizing could escalate, with some councils proposing a worst-case scenario loss of up to half their libraries, and recent proposals including the axing of 20 smaller libraries in Leeds, and up to 23 out of 42 libraries set to go in North Yorkshire. Further closures in Dumfries and Galloway and in Barnsley are among the latest announcements.
In Wiltshire some accounts suggest that just 10 librarians are intended to remain in place across the entire county, which has 34 libraries. A spokesperson for Wiltshire Council denied this was the case, but said that the council was “looking to get 240 managers out of about 550 across the council to apply for voluntary redundancy", and that library workers with management experience were among those receiving letters to that effect.
Some local authorities are following a trend called “management delayering", involving fewer lines of management between the chief executive and the front line, while others are employing “channel shift", automating as much of the council's contact with the public as possible, through the internet or call centres. It is believed that in some areas the entire library workforce has been told it is at risk.
Many library workers say they are unable to speak out because of fear they will lose redundancy payments if they breach confidentiality clauses in their contracts. One member of staff, who would only speak anonymously, said: “As angry and depressed as people are, when I raise the issue of why so many people in the profession are not talking to customers or the press about the dismantling of our services, people admit fear and powerlessness. There is great frustration that no one is taking the lead. I very much get the feeling that everyone is too fearful to stick their necks out as it would be professional suicide."
At The Reading Agency Miranda McKearney said: “What's clear is, lots of staff are going. One risk is that it is the specialist staff, the staff who push the reader development movement. In some authorities they are definitely being targeted." She added: “The worst I've heard of is that 60% of specialist staff [in one library service] are going. It's really scary."
A spokesperson for the Local Government Association (LGA) said: “Library services are a non-statutory service in that councils are not legally obliged to provide a library in every town. They have to provide a service, but there doesn't need to be a library—you could provide a mobile library, for example. Councils are legally obliged to provide other services, such as protecting vulnerable children and adults, and they are very expensive. We have a 28% reduction in funding over four years, so popular non-statutory services like libraries and leisure centres are being reduced. But it is very much a local decision and all councils will consult with local residents." The spokesperson added: “We have to be honest with people. We can't pretend we will be able to provide the same level of service in future."
Confidentiality agreements were part of the terms and conditions set by each individual council as an employer in its own right, the LGA spokesperson added.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Grupos focais na "Social Research Update"

Social Research Update é uma publicação trimestral do Departamento de Sociologia da Universidade de Surrey, em Guilford, Inglaterra.
No seu número 19 (Inverno de 1997) Anita Gibbs, do  Centre for Criminological Research, da Universidade de Oxford, aborda a temática dos "Grupos Focais", um método de investigação então, como ainda hoje, pouco conhecido e pouco usado em Portugal.
Leia o texto completo aqui.


quinta-feira, 25 de novembro de 2010

General Guidelines for Conducting Interviews


Introduction

Interviews are particularly useful for getting the story behind a participant's experiences. The interviewer can pursue in-depth information around a topic. Interviews may be useful as follow-up to certain respondents to questionnaires, e.g., to further investigate their responses. Usually open-ended questions are asked during interviews.


Before you start to design your interview questions and process, clearly articulate to yourself what problem or need is to be addressed using the information to be gathered by the interviews. This helps you keep clear focus on the intent of each question.

domingo, 7 de novembro de 2010

Forum: Qualitative Social Research

FQS is a peer-reviewed multilingual online journal for qualitative research established in 1999. FQSthematic issues are published tri-annually. In addition, selected individual contributions and contributions to the journal's regular features FQS Reviews, FQS Debates, FQS Conferences and FQS Interviews are published as soon as they have undergone peer review.

FQS is an open-access journal, so all articles are available free of charge. Please register if you are interested in receiving information about new publications once they are posted online.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Investigar sim, mas longe de casa

Um colega e amigo comentou um post anterior em que eu defendia a vantagem de os estudantes de doutoramento ou mestrado escolherem temas para investigação que não estivessem directamente relacionados com os respectivos locais de trabalho. Argumentava que, pelo contrário seria positivo "um conhecimento profundo do contexto de funcionamento de um sistema, processo, etc."
Antes do mais agradeço ao Pedro Penteado ter-me respondido e discordado de mim. Estou convencido que só com discussão entre nós poderemos avançar alguma coisa na afirmação da nossa área científica.
Como a questão é interessante, e importante, e complexa, decidi fazer um novo post em vez de responder ao comentário dele.
No essencial, esta resposta constará da transcrição de um excerto de um dos poucos livros publicados em português sobre investigação qualitativa (Bogdan e Biklen, 1999). Mas antes disso, gostaria de fazer um pequeno comentário acerca do que é dito ser o "conhecimento profundo", dos respectivos locais de trabalho que supostamente beneficiaria a qualidade da investigação.
Ora se houve algo que aprendi com Barradas de Carvalho foi que não há nada mais ilusório do que o "conhecimento" obtido directamente através dos sentidos ou, digamos, da experiência e da prática diária. O que se obtém nestes casos são percepções muitas vezes ilusórias, que não resistem a uma simples reflexão epistemológica. Afinal, não nos diz a nossa experiência que a Terra é plana e o Sol se move à sua volta? E quantas vezes somos surpreendidos por conclusões que contrariam muito do que a nossa experiência diária nos levou a acreditar ser verdade. Isto para não entrar na própria discussão do que a verdade é ou não é...
E como pode um investigador livrar-se de suspeita de parcialidade, por exemplo ao analisar uma resposta a uma entrevista em que a prática do seu serviço é posta em causa? Como é sabido, à mulher de César não basta ser honesta. É que abundam por aí os "estudos" sobre serviços, que já li algures serem do tipo "olhem lá que bons que nós somos"!
Podem-se fazer estudos sobre os próprios serviços? Podem. Mas é preciso uma atenção especial e fazer um esforço suplementar para contornar os perigos de subjectividade e afinal provar que sim, é a mesma coisa, isto é foram feitos com todos os cuidados para assegurar critérios de confiança e credibilidade da investigação.
Muitos outros argumentos podem ser aduzidos em defesa da minha posição. Li sobre casos de pessoas que tiveram de optar entre mudar de emprego ou mudar de tópico.
Segue então a citação acima prometida, com uma recomendação para uma leitura se não de todo o livro pelo menos do capítulo completo "A escolha de um estudo" (pp. 85-88).


A segunda sugestão consiste na conveniência de não escolher um assunto em que está pessoalmente envolvido. Se ensina numa escola, por exemplo, não deve escolhê-la como local de pesquisa. (...) "Porquê? Não terei vantagens, em relação a alguém estranho se estudar a minha própria escola?Tenho relações excelentes e acesso garantido". Por vezes, isto pode ser verdade, e podem ser razões suficientes para ignorar o nosso conselho, mas, sobretudo num primeiro estudo, as razões para não o fazer são mais fortes. As pessoas intimamente envolvidas num ambiente têm dificuldade em distanciar-se, quer de preocupações pessoais, quer do conhecimento prévio que têm das situações. Para estas, muito frequentemente, as suas opiniões são mais do que "definições da situação", constituem a verdade.
Os outros protagonistas, no local onde efectua a sua pesquisa, se o conhecem bem, dificilmente o poderão considerar um observador imparcial. Mais facilmente o consideram como um professor ou membro de um grupo específico, como uma pessoa que representa determinada corrente de opinião e determinados interesses. Podem não se sentir à vontade para falar despreocupadamente como o fariam com outro investigador. Estudando a sua própria escola, por exemplo, um professor não pode esperar que o director discuta consigo objectivamente as suas opiniões acerca de outros colegas ou decisões que tomou no que diz respeito a contratações e despedimentos.
Conduzir uma investigação com pessoas que conhece pode ser confuso e embaraçoso. O treino de um investigador, mais do que a aprendizagem de competências e procedimentos específicos, consiste na análise de impressões acerca de si próprio e da sua relação com os outros. Implica que se sinta confortável no papel de "investigador". Se os objectos do seu estudo são pessoas que conhece, a transferência da sua personalidade própria para a de investigador faz-se de forma ambígua.
Apesar de lhe termos dado todos estes conselhos não é obrigatório segui-los de forma rígida. Você, principiante, pode achar que é suficientemente experiente ou que temcom os seus colegas uma relação tal que não vai ter de se preocupar com as questões referidas. Força! Pode tentar: se obtiver bons resultados, óptimo; se não o conseguir não lhe prometemos não dizer "já o tínhamos avisado".


Bogdan, R & Biklen, S. (1994). Investigação qualitativa em educação : Uma introdução à teoria e aos métodos. Porto : Porto Editora 

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Guia de Apoio à Publicação

Parabéns e obrigado aos Serviços de Documentação e Informação da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto pelo excelente Guia de Apoio à Publicação que disponibilizam no sue sítio na Internet.Estes serviços elaboraram um conjunto de conteúdos para orientação de quem pretende publicar na FEUP. Assim, este guia divulga um conjunto de boas práticas formais e éticas associadas à publicação, para apoio à comunidade académica. 
Os conteúdos aqui desenvolvidos vão desde a preparação dos conteúdos a publicar, abordando genericamente aspectos metodológicos e formais, à selecção da fonte onde publicar, fazendo referência a questões relacionadas com o processo de publicação, como políticas editoriais, processo de peer-review, direitos de autor, política de acesso livre, etc.. Não se pretende ser exaustivo mas sim realçar alguns aspectos essenciais que sirvam como ponto de partida para quem se inicia neste processo, independentemente do tipo de documento que se pretende publicar.
Pretende-se, por outro lado, que os conteúdos incluídos neste guia possam ser comentados e melhorados num processo participado pela comunidade, usando as facilidades proporcionadas pela plataforma que gere estes conteúdos (wiki)

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Como fazer uma proposta de investigação

Com frequência se colocam muitas dúvidas sobre o que deve constar numa proposta de investigação.
Seguem-se duas propostas de estrutura que não são rígidas e devem ser consideradas como uma orientação. Em todo o caso, os elementos mencionados devem constar da Proposta de Investigação, e para um esclarecimento completo, recomenda-se a consulta da bibliografia fornecida, particularmente dos capítulos que abordam este assunto.

ESTRUTURA A (mais detalhada)
Título
Introdução
Fins e objectivos da investigação
Revisão da literatura
Plano da investigação
Método(s)
Técnicas de recolha de dados
Instrumentos da investigação
Amostra
Procedimentos para o processamento e análise dos dados
Resultados esperados
Dificuldades esperadas
Limitações impostas pelo plano
Problemas logísticos
Considerações éticas
Cronograma

ESTRUTURA B (mais genérica)
Título
Introdução
Fins e objectivos da investigação
Revisão da literatura
Método(s) de  investigação
Considerações éticas
Cronograma

Apresentação
Tenha cuidado e faça uma apresentação profissional da sua proposta. Uma proposta bem apresentada, que mostre ter sido reunida com cuidado e rigor causará muito melhor impressão do que uma que pareça ter sido acabada à pressa a caminho do trabalho.

Bibliografia
Bell, J. (1997). Como fazer um projecto de investigação. Lisboa : Gradiva,
Bryman, A (2008). Social research methods. 3rd. ed. Oxford : Oxford University Press
Moore, N. (2006). How to do research : A practical guide to designing and managing research projects. 3rd. ed. London : Facet Publishing
Pickard, A. J. (2007). Research methods in information. London : Facet

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

O ensino de métodos de investigação em Ciências da Informação e Documentação

Em Portugal, a investigação em Ciências da Informação e Documentação dá os primeiros passos, principalmente no âmbito de cursos de Mestrado e Doutoramento.
Por razões que neste contexto não tem cabimento discutir, um dos aspectos mais importantes destes programas na minha opinião é, ou deveria ser, o ensino de métodos de investigação.
Pareceu-me assim oportuno chamar a atenção para uma comunicação à 71ª Conferência da IFLA, que teve lugar em Oslo, em 2005. Anne Morris deu conta de um estudo realizado no Reino Unido sobre o ensino de métodos de investigação nos cursos de pós-graduação (mestrado e Doutoramento) .
Para além de recomendar naturalmente a leitura desse pequeno texto, começo por chamar a atenção para dois elementos essenciais, que além do mais são facilmente comparáveis com a nossa realidade: os temas abordados nessas disciplinas e as bibliografias aconselhadas.


Temas
Não sendo exaustiva, a lista dos tópicos ensinados nestas disciplinas eram (tradução minha):
  • Introdução ao processo de investigação, o que é investigação, e porque se leva a cabo;
  • Princípios e projectos  de investigação;
  • A identificação de temas de investigação e o desenvolvimento de perguntas de investigação;
  • A crítica da investigação;
  • Pesquisa, revisão e citação da literatura;
  • Planeamento da investigação: a escrita de projectos de investigação, gestão do tempo, financiamento
  • Métodos qualitativos: uso de fontes documentais primárias e secundárias, entrevistas, grupos focais, estudos de caso, diários, observação, avaliação, método Delphi, análise do discurso, análise visual;
  • Métodos quantitativos: sondagens e desenho de questionários, análise de registos (bibliométricos, de acesso a sistemas, análise de conteúdo) e experimentações;
  • Amostragem;
  • Análise de dados qualitativos
  • Análise de dados quantitativos
  • Apresentação dos dados;
  • A escrita de dissertações e relatórios;
  • Ética de investigação
Leituras recomendadas
A autora fez também um levantamento das principais leituras recomendadas nestes cursos, tendo concluído então que o livro mais recomendado era o primeiro da lista abaixo, que está ordenada por ordem de popularidade. O último livro da lista não podia constar das leituras recomendadas pois não havia ainda sido publicado nessa altura. Acrescento-o eu, com uma forte recomendação de leitura, pois considero-o de facto muito útil, Assinalo com um asterisco quatro que considero fundamentais.



  • Denscombe, M. (2003) The good research guide for small scale social research projects, 2nd edition, Buckingham: Open University Press *
  • Robson, C. (2002) : Real world research, 2nd edition, Oxford: Blackwell 
  • Bell, J. (1999) Doing your research project, 3rd edition, Buckingham: Open University Press [Existe versão portuguesa] *
  • Oppenheim, A. N. (1992) Questionnaire design, interviewing and attitude measurement, 2nd edition, London: Pinter 
  • Moore, N. (2000) How to do research, 3rd ed., London: The Library Association *
  • Gorman, G. E. and Clayton, P. (1997) Qualitative research for the information professional. London: The Library Association
  • Bryman, A. (2004) Social research methods, 2nd edition, Oxford: Oxford University Press
  • Blaxter, C.H. & Tight, M. (2003): How to research, 2nd edition, Buckingham: Open University Press.
  • Powell, R.R. (1997) Basic research methods for librarians, 3rd edition, London: Ablex Publishing.
  • Slater, M. (ed), (1990) Research methods in library and information studies, London: The Library Association.
  • Babbie, E. (2000) The practice of social research, Belmont, Calif: Wadsworth.
  • Hart, C. (1998) Doing a literature review: releasing the social science imagination, London: SAGE.
  • Gash, S. (2000) Effective literature searching for research, 2nd edition, Gower.
  • Stephen, P. and Hornby, S. (1997) Simple statistics for library and information professionals, 2nd edition, London: The Library Association.
  • Pickard, A. J. (2007) Research methods in information, London, Facet Publishing *


Sítios na Internet
A autora identifica também os seguintes sítios na Internet como sendo frequentemente recomendados. Os sítios estão hoje em diferentes fases das suas vidas, alguns há muito que não são actualizados, mas não deixam de ser indicações úteis.





  • Stephenson, S. Research methods resources on the web (http://www.slais.ubc.ca/resources/research_methods/index.htm)
  • Wilson, T. Electronic Resources for Information Research Methods (http://informationr.net/rm/)
  • IS world website (http://www.isworld.org) 
  • BUBL list of research methods resources: http://bubl.ac.uk/link/r/researchmethods.htm 
  • List of research methods links from Glasgow Caledonian University: http://oassis.gcal.ac.uk/rms/crml/crml.html 
  • Social Research Update: http://sru.soc.surrey.ac.uk/

Simpósio Interdisciplinar



NO CENTENÁRIO DA PRIMEIRA REPÚBLICA

SIMPÓSIO INTERDISCIPLINAR 2010

23 de Outubro de 2010

Programa

10:00 Abertura do Simpósio Interdisciplinar
– Boas-vindas por Benoît Gibson (UnIMeM-Universidade de Évora)
– Apresentação do Simpósio por Vanda de Sá (UnIMeM-Universidade de Évora)
10:30 “Música nos salões da Primeira República”, conferência-concerto por Patrícia Lopes Bastos (ANIMUSIC/UnIMeM-Universidade de Évora)
11:00 “Ideologia e prática: o conceito e desenvolvimento das bibliotecas públicas” por Henrique Barreto Nunes (Universidade do Minho, Braga)
11:30 Pausa-café
12:00 “A República no Humor” por Osvaldo Macedo de Sousa (Humorgrafe, Lisboa)
12:30 “Novo século, novos instrumentos” por Cristina Bordas (Universidade Complutense de Madrid)
13:00 Almoço
14:30 “A questão religiosa na Primeira República” por Frei Geraldo Coelho Dias (Universidade do Porto)
15:00 “Acção proto-sindical e controlo monopolístico: a Irmandade de Santa Cecília no primeiro liberalismo” por Francesco Esposito(CESEM, FCSH - Universidade Nova de Lisboa)
15:30 “Mulheres, educação e sociedade – discursos femininos na Primeira República” por Maria João Mogarro e Olga Ribeiro (ESE-Instituto Politécnico de Portalegre / Câmara Municipal de Portalegre)
16:15 Pausa-café
16:30 “Crítica musical nas primeiras décadas do século” por Maria José Artiaga (CESEM, Lisboa)
17:00 “O Múseu da Música na Primeira República” por Victor Palma (Museu da Música, Lisboa)
17:30 Apresentação do projecto “Sons da República” por Paulo Lima e José Moças (Tradisom World Music)
18:30 Encerramento do Simpósio
LOCAL: DEPARTAMENTO DE MÚSICA DA UNIVERSIDADE DE ÉVORA
ORGANIZAÇÃO: UnIMeM-Unidade de Investigação em Música e Musicologia (Universidade de Évora)
ANIMUSIC-Associação Nacional de Instrumentos Musicais.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Escolher um tema para um trabalho académico ou investigação

Um tema frequentemente abordado, em especial nesta altura do ano (início do ano lectivo), é o da escolha de um tema para um trabalho académico. Os âmbitos, os níveis, as circunstâncias, o fôlego do trabalho podem variar, mas há um conjunto de problemas comuns a considerar.
Em primeiro lugar há que perceber que o tema não nasce de qualquer inspiração sobrenatural, nem é muito aconselhável basear a escolha numa mera meditação contemplativa. Ou seja, a escolha do tema é em si mesma uma parte do processo investigativo, e requer trabalho, discussão, análise.
Várias práticas são aconselháveis, e na maior parte dos casos não são mutuamente exclusivas. Naturalmente a lista que se segue não pretende ser exaustiva.

  1. Se se trata de uma disciplina de um curso, começar por analisar com cuidado o programa e a bibliografia. Ler  os textos indicados como fundamentais, e a partir daí procurar ideias, tópicos, assuntos. É preciso notar que há formas de leitura diversas, umas mais cuidadosas e demoradas que outras. Aqui trata-se de uma leitura relativamente rápida e superficial.
  2. Pesquisar em catálogos de bibliotecas e bases de dados relevantes, sobre a área científica do trabalho.
  3. Folhear manuais e livros da área, procurar temas nos índices e nos sumários de monografias e publicações periódicas
  4. Obviamente nos nossos dias, um passo fundamental (mas não isento de inconvenientes!) é a pesquisa na Internet. Aqui é necessário desenvolver competências para saber distinguir os diversos tipos de textos encontrados.
  5. Conversar com colegas, professores e orientadores.
  6. Registar várias ideias, começando por experimentar diversas hipótese de tema.
  7. Pensar, pensar, pensar muito.

Todo este processo deve ser registado e a sua descrição e reflexão fazem parte quer da proposta de investigação inicial quer do próprio relatório final, seja uma dissertação ou uma tese.
Algumas notas mais sobre a escolha de um tema:

  • Se se trata de uma dissertação de mestrado ou tese de doutoramento, é normalmente aconselhável a escolha de um tema em relação ao qual haja um distanciamento tão grande quanto possível. Isto desaconselha obviamente uma prática (aliás demasiado comum) de escolher temas ligados ao próprio serviço, trabalho ou actividade profissional do investigador. Para além de evidentes problemas relativos à necessária objectividade necessária ao trabalho científico, podem realmente surgir conflitos de interesses insanáveis.
  • O trabalho científico é feito para criar conhecimento em áreas determinadas. Mas o trabalho tem naturalmente de partir de conhecimentos prévios, e por isso é necessária uma revisão da literatura. Assim, a escolha do tema requer um equilíbrio difícil entre o conhecido e o desconhecido. Esta é uma questão que se põe de forma diversa nos diferentes graus académicos, e quanto mais avançados forem os estudos maior é a inovação expectável.
Escrevi este texto especificamente para ajudar alunos meus, a quem se levantam sempre muitas dúvidas nesta fase inicial do trabalho. Decidi partilhá-lo com quem o quiser ler, e ficaria muito contente se houvesse contributos, perguntas, discordâncias. Sou adepto da ideia de que a a partilha e discussão de ideias  nos fazem aprender a todos, e faço este blogue com essa finalidade.




domingo, 17 de outubro de 2010

Manifesto da IFLA/UNESCO sobre Bibliotecas Públicas


A liberdade, a prosperidade e o progresso da sociedade e dos indivíduos são valores humanos fundamentais. Só serão atingidos quando os cidadãos estiverem na posse das informações que lhes permitam exercer os seus direitos democráticos e ter um papel activo na sociedade. A participação constructiva e o desenvolvimento da democracia dependem tanto de uma educação satisfatória como de um acesso livre e sem limites ao conhecimento, ao pensamento, à cultura e à informação.

Biblioteca Municipal de Almada
A biblioteca pública - porta de acesso local ao conhecimento - fornece as condições básicas para uma aprendizagem contínua, para uma tomada de decisão independente e para o desenvolvimento cultural dos indivíduos e dos grupos sociais.

Este Manifesto proclama a confiança que a UNESCO deposita na Biblioteca Pública, enquanto força viva para a educação, cultura e informação, e como agente essencial para a promoção da paz e do bem-estar espiritual nas mentes dos homens e mulheres.

Assim, a UNESCO encoraja as autoridades nacionais e locais a apoiar activamente e a comprometerem-se no desenvolvimento das bibliotecas públicas.
Biblioteca Municipal de Abrantes


A Biblioteca Pública

A biblioteca pública é o centro local de informação, tornando prontamente acessíveis aos seus utilizadores o conhecimento e a informação de todos os géneros.

Biblioteca Municipal de Beja
Os serviços da biblioteca pública devem ser oferecidos com base na igualdade de acesso para todos, sem distinção de idade, raça, sexo, religião, nacionalidade, língua ou condição social. Serviços e materiais específicos devem ser postos à disposição dos utilizadores que, por qualquer razão, não possam usar os serviços e os materiais correntes, como por exemplo minorias linguísticas, pessoas deficientes, hospitalizadas ou reclusas.

Todos os grupos etários devem encontrar documentos adequados às suas necessidades. As colecções e serviços devem incluir todos os tipos de suporte e tecnologias modernas apropriados assim como fundos tradicionais. É essencial que sejam de elevada qualidade e adequadas às necessidades e condições. As colecções devem reflectir as tendências actuais e a evolução da sociedade, bem como a memória da humanidade e o produto da sua imaginação.

Biblioteca Municipal de Guimarães
As colecções e os serviços devem ser isentos de qualquer forma de censura ideológica, política ou religiosa e de pressões comerciais.


Missões da Biblioteca Pública

As missões-chave da biblioteca pública relacionadas com a informação, a literacia, a educação e a cultura são as seguintes:
1.     Criar e fortalecer hábitos de leitura nas crianças, desde a primeira infância;
2.     Apoiar a educação individual e a autoformação, assim como a educação formal a todos os níveis;
3.     Assegurar a cada pessoa os meios para evoluir de forma criativa;
4.     Estimular a imaginação e criatividade das crianças e jovens;
Biblioteca Municipal de Oeiras
5.     Promover o conhecimento sobre a herança cultural, o apreço pelas artes e pelas realizações e inovações científicas;
6.     Possibilitar o acesso a diferentes formas de expressão cultural das artes do espectáculo;
7.     Fomentar o diálogo intercultural e, em especial, a diversidade cultural;
8.     Apoiar a tradição oral;
9.     Assegurar o acesso dos cidadãos a todos os tipos de informação da comunidade local;
10.  Proporcionar serviços de informação adequados às empresas locais, associações e grupos de interesse;
11.  Facilitar o desenvolvimento da capacidade de utilizar a informação e a informática;
12.  Apoiar, participar e, se necessário, criar programas e actividades de alfabetização para os diferentes grupos etários.
Biblioteca Municipal do Porto (Almeida Garrett)


Financiamento, legislação e redes


·      Os serviços da biblioteca pública devem, em princípio, ser gratuitos. A biblioteca pública é da responsabilidade das autoridades locais e estatais. Deve ser objecto de uma legislação específica e financiada pelos governos nacionais e locais. Tem de ser uma componente essencial de qualquer estratégia a longo prazo para a cultura, o acesso à informação, a literacia e a educação.
Biblioteca Municipal da Póvoa de Varzim
·      Para assegurar a coordenação e cooperação das bibliotecas, a legislação e os planos estratégicos devem ainda definir e promover uma rede nacional de bibliotecas, baseada em padrões de serviço previamente acordados.
·      A rede de bibliotecas públicas deve ser criada em relação com as bibliotecas nacionais, regionais, de investigação e especializadas, assim como com as bibliotecas escolares e universitárias.


Funcionamento e gestão

·          Deve ser formulada uma política clara, definindo objectivos, prioridades e serviços, relacionados com as necessidades da comunidade local. A biblioteca pública deve ser eficazmente organizada e mantidos padrões profissionais de funcionamento.
·          Deve ser assegurada a cooperação com parceiros relevantes, por exemplo, grupos de utilizadores e outros profissionais a nível local, regional, nacional e mesmo internacional.
Biblioteca Municipal do Seixal
·          Os serviços têm de ser fisicamente acessíveis a todos os membros da comunidade. Tal supõe a existência de edifícios bem situados, boas condições para a leitura e o estudo, assim como o acesso a tecnologia adequada e horários convenientes para os utilizadores. Tal implica igualmente serviços destinados àqueles a quem é impossível frequentar a biblioteca.
·          Os serviços da biblioteca devem ser adaptados às diferentes necessidades das comunidades das zonas urbanas e rurais.
·          O bibliotecário é um intermediário activo entre os utilizadores e os recursos disponíveis. A formação profissional contínua do bibliotecário é indispensável para assegurar serviços adequados.
·          Têm de ser levados a cabo programas de formação de utilizadores de forma a fazê-los beneficiar de todos os recursos.


Implementação do Manifesto

É pedido a todos os que têm poder de decisão a nível nacional e local e à comunidade de bibliotecários em geral, em todo o mundo, que implementem os princípios expressos neste Manifesto.

***
O Manifesto é preparado em cooperação com a Federação Internacional de Associações de Bibliotecários (IFLA)

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Os melhores partem primeiro

Escreveu Plauto que "morre jovem o que os Deuses amam". Ocorreu-me esta ideia - talvez falsamente tranquilizadora - ao regressar há pouco do funeral da Isabel de Sousa.
Ainda não há muito tempo o Joaquim Mestre nos deixou e, agora, passados poucos meses, foi a Isabel que partiu. Não se aplicando literalmente o princípio proposto pelo dramaturgo, permito-me transformá-lo no enunciado que dá o título a esta nota.
Deuses egoístas estes, ou doenças estúpidas, que retiram ao nosso convívio os colegas mais brilhantes, mentes intranquilas, que tanto nos inspiraram, e ainda muito mais mais nos poderiam ensinar e estimular.
Com ambos convivi, sem poder propriamente reivindicar uma grande amizade ou uma intimidade muito próxima. Mas de ambos recebi lições pelo exemplo inovador, pela militância incansável, pela generosidade da entrega a uma causa: a das bibliotecas públicas e da promoção da leitura.
Por agora, ficámos mais pobres e mais sós. Mas estou certo que os seus exemplos inspiradores hão-de ser recordados e reviver nos conhecimentos e nas práticas de muitos colegas, principalmente dos mais jovens. 


segunda-feira, 11 de outubro de 2010

domingo, 3 de outubro de 2010

Gestão de colecções e análise das necessidades da comunidade

A pergunta que em tempos idos (muito idos...) fiz a uma colega sobre quem decidia acerca da compra dos livros para as bibliotecas escolares, bem como a resposta obtida, estão na origem do facto de ter vindo a optar pela profissão de bibliotecário. 
A questão da constituição das colecções era já então para mim, intuitivamente, fulcral para o êxito ou fracasso de uma biblioteca. Até porque via no meu dia a dia de professor do ensino secundário que não havia na biblioteca escolar os livros e outros recursos que alunos e professores precisavam. Como eram eles adquiridos? Quem os escolhia? Que critérios eram seguidos? Ninguém me sabia dar a resposta.
Passaram mais de vinte anos e algumas coisas mudaram, mas o desinteresse (real, ainda que muitas vezes disfarçado) pela constituição e desenvolvimento das colecções continua a ser regra, com algumas poucas excepções. A Gestão de Colecções é uma disciplina essencial dos cursos de estudos de informação e de bibliotecas, mas tem infelizmente uma prática muito reduzida em Portugal. Uma simples busca no Google demonstra isto sem margens para dúvidas.
E contudo, o texto que se segue é retirado de um documento orientador básico, que nenhum bibliotecário desconhecerá. Aqui fica, para uma leitura atenta.

Análise das necessidades da comunidade
De modo a fornecer serviços que vão ao encontro das necessidades de toda a comunidade, a biblioteca pública tem em primeiro lugar de proceder à determinação dessas necessidades. Como as necessidades e as expectativas estão sujeitas a mudanças, este processo terá de ser repetido a intervalos regulares, provavelmente de cinco em cinco anos. Uma avaliação das necessidades de uma comunidade é um processo no qual a biblioteca recolhe informação pormenorizada sobre a comunidade local e as suas necessidades e serviços de biblioteca e de informação. O planeamento e o desenvolvimento de políticas baseiam-se no resultado desta avaliação, possibilitando assim a adequação dos serviços às necessidades. Em alguns países, a realização de um inquérito às necessidades de informação da comunidade é um requisito legal da autoridade local. A informação a ser recolhida incluirá:
·          dados sociodemográficos sobre a comunidade local, como por exemplo, o perfil etário e de sexo, a diversidade étnica e o nível educacional
·          dados sobre organizações na comunidade, como, por exemplo, instituições educativas, centros de saúde, hospitais, estabelecimentos prisionais, organizações voluntárias
·          informações sobre empresas e comércio na localidade
·          a área de captação da biblioteca, ou seja, onde os utilizadores da biblioteca vivem em relação às instalações da biblioteca
·          padrões de transporte na comunidade
·          serviços de informação fornecidos por outras organizações na comunidade
Esta não é uma lista exaustiva e seria necessária uma investigação mais aprofundada para determinar a informação necessária para avaliar as necessidades de informação da comunidade em cada situação. No entanto, o princípio da elaboração de um perfil da comunidade, permitindo ao bibliotecário e ao órgão da tutela planear o desenvolvimento e a promoção de serviços com base nas necessidades da comunidade, é importante seja qual for o contexto local. A avaliação deve ser complementada através de sondagens regulares aos utilizadores, com a finalidade de determinar quais os serviços de biblioteca e de informação pretendidos pelo público e a que nível, e a sua opinião sobre os serviços prestados. O trabalho de sondagem deve ser conduzido por especialistas e, para obter resultados mais objectivos, por uma organização externa, sempre que haja disponibilidade de recursos.

Os serviços da biblioteca pública : directrizes da IFLA/UNESCO (2001). 
[Lisboa] : Caminho, [2003].  (Caminho das bibliotecas & informação), pp. 107-108